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sexta-feira, 11 de março de 2011

ESTANDARTE DE NOJO

Eu escrevo para os destemidos epígonos
de uma noite sem trevas,
para os olhos sem audição
e para todo o tipo de paralíticos,
mas todos são hipócritas políticos,
homens de carne podre, suicídios em latrinas
na malfadada América Latina;

Eu escrevo nos muros dos mouros,
nas sinagogas da Jerusalém árabe
onde o sol não queima a fé
em nada;

Eu escrevo para os corações dos Reis
para as coroas do povo
e para o povo sem coroas:
eu escrevo para o apocalipse de fel,
para a amarga revolução de pó
nas infinitas evoluções do meu
estandarte de nojo!

2 comentários:

  1. Excelente poema!! E é apenas um exemplo da vasta obra (de igual ou maior excelência) ainda a ser divulgada!! Parabéns pelo seu talento e dedicação!!
    Beijos da sua maior admiradora

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  2. Parabéns, Rafael.
    Ótimo espaço para compartilhar ideias e sentimentos. Vou acompanhar.
    Um beijo,
    Christina

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