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quarta-feira, 6 de abril de 2011

VEM AMOR in: Dionysíacos.

"Deixa-me que me cale com teu silêncio puro.
Deixa-me que te fale também com teu silêncio"

NERUDA



Vem amor, toda a arte está aqui
tudo o que há para ser dito estou dizendo agora
todo o amor se resume em nós,
nada está oculto aqui
todos os espíritos, os segredos e o óbvio se apresentam mas se minimizam:
nós somos maiores enquanto nos amarmos
enquanto nossas dores esquecermos
e formos apenas isso tudo
que nem imaginávamos podíamos ser...

Vem, da tua boca nascerão todos os idiomas do mundo,
da minha língua os significados do teu desejo,
o fermento do teu pão.
No teu corpo verei o meu reflexo e o infinito será o nosso chão...

Vem amor, toda a vida está em mim
metade vento, metade cão
moredendo a tua alma perplexo
dia sim, dia não;
Toda a dor que quiseres trarei também
como um presente na palma da mão
exausto, redivivo apenas pelos teus cabelos
com o fogo e lágrimas nos olhos
e na boca um refrão de uma música tua
falando de paixão.

Vem amor...

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